Ano de exibição: 2017 - 2018
Número de episódios: 24
Estúdio: Wit Studio
Direção: Norihiro Naganuma
Roteiro: Kore Yamazaki e Aya Takaha
Tempo médio de duração dos episódios: 25min
Gênero: Sobrenatural, Fantasia, Mágica, Slice of Life
Chise Hattori é uma
garota que, depois de ter sido muito maltratada por todos que estão a sua
volta, decide leiloar a si própria. O que ela não esperava, é que um mago de
aparência intimidante – Elias Ainsworth- a compraria e a levaria com ele. Chegando
em sua nova casa, o mago diz que ela não é uma escrava, mas sim sua aprendiz e
noiva. Assim começa a história de dois seres que são muito semelhantes e
diferentes ao mesmo tempo em um mundo repleto de magia, fadas e perigos
inimagináveis.
Essa temporada de
inverno (2017 - 2018) vai ficar marcada como a temporada de animes em que os
casais são os mais diferentes. Primeiro, temos um “romance” entre um homem de
45 anos e uma colegial de 16 (ou 17, esqueci) em Koi Wa Ameagari no You Ni, depois um romance entre um garoto
aparentemente normal e uma garota com chifres um tanto peculiar em Darling in the FranXX, e agora temos um
casal que é composto por uma humana e um mago que possui a cabeça de um crânio
de lobo com chifres de bode (foi essa a descrição que achei na internet). Tem
como não ficar curiosa e não dar uma conferida em animes que tem tudo para
serem mais interessantes que os outros?
Apesar de eu não ter
achado o gênero romance em nenhum lugar para descrever o anime, eu achei que
ele se encaixa perfeitamente na história. Ele foi a primeira coisa que me
chamou a atenção e me levou a assistir “Mahou Tsukai no Yome”. Mas, de forma
muito inesperada, ele acabou não ocorrendo do jeito que eu imaginava. Eu
pensava que o romance seria diferente e bem desenvolvido desde o início, porém
ele se desenrolou de forma mais lenta e madura. Não consigo descrever o quanto
eu achei legal a forma como Chise e Elias aos poucos iam passando a ter
sentimentos um pelo outro. Foi muito real, sabe? Eles realmente precisaram se
conhecer melhor para passar a gostar um do outro.
Além de um romance
que se desenvolveu de forma fofa e sutil, esse anime me impressionou pelo fato
de retratar os sentimentos de forma muito bonita, sensível e madura. E melhor
ainda, ele consegue nos fazer refletir acerca de algumas coisas que fazemos e
pensamos. As explicações que Chise tinha que dar para Elias em relação ao que
ele ou ela estavam sentindo faziam você ter um outro olhar do que realmente
significava um sentimento. Vocês irão perceber isso quando ela falar
principalmente da solidão e da alegria (que foram os que mais me marcaram).
Outro elemento que
gerou uma maior profundidade e empatia pela história foi o fato dos personagens
serem muito bem explorados. Todos eles são diferentes e complexos, sendo
que quase sempre temos direito a flashbacks do passado deles, mesmo que eles
não sejam os principais. Somando-se a isso, tudo só fica mais interessante
quando esses personagens são fadas, animais e seres sobrenaturais. Até mesmo
aqueles que são humanos conseguem ficar guardados na sua memória. Afinal, não
existe boa história sem bons personagens, não é?
E falando em magia,
eu achei bem diferente a ideia de como os magos a utilizam. Nessa história não
é nem um pouco parecida com as outras nesse quesito. A magia não surge do nada
ou é fruto da concentração de uma pessoa em querer realizar algo, mas sim a
junção entre o auxílio de uma fada e a intenção de uma pessoa. Como assim? Pois
é! Achei um pouco difícil de entender no começo, mas depois me acostumei com a
ideia e passei a bater palmas para a criatividade da autora. É bom ter elementos
diferentes da maioria das histórias para variar.
E se vocês pensam que
nesse anime é só alegria e cor, vocês estão muito enganados. Às vezes temos
cenas de lutas com magia muito legais, bem como cenas de drama pesadas e
momentos meio macabros. Meio macabros? Tem certeza? Absoluta! O desenhista
conseguiu nos passar sentimentos angustiantes, como dor, desespero e
tristeza através de seus desenhos. E por vezes os traços das personagens
ficavam macabros para complementar esses sentimentos.
E por último, mas não
menos importante, temos algumas músicas na trilha sonora que são maravilhosas e
conseguem te emocionar enquanto você está assistindo algum episódio. Tenho que
admitir que as músicas de abertura e encerramento não me chamaram muita
atenção, mas aquelas que tocavam no decorrer do anime conseguiram fazer isso. A
que mais me marcou era a que um mago chamado Lindel cantou na terra dos dragões
(depois deixem nos comentários se concordam comigo). Vou abrir um parêntesis
aqui e dizer que os traços são realmente impressionantes (embora eu ache que
nada superará Violet Evergarden).
Por fim, termino essa
resenha falando que “Mahou Tsukai no Yome” é um anime que vale muito a pena ser
visto, embora não seja perfeito. Há alguns momentos que houve uma perda de
ritmo no meio da história (nada grave) e alguns mistérios que ficaram sem ser
resolvidos que me impediram de dar nota máxima para ele. O último episódio foi
muito bom e fofo (<3), abrindo espaço para uma segunda temporada (concluí
isso porque o mangá não terminou e ficaram questões sem resolver). Deixem suas
opiniões sobre o anime nos comentários!!
Nota: 8.5
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